quinta-feira, 19 de abril de 2018

Introdução à Patologia


Patologia

     Pathos (sofrimento) + Logos (estudo);

     Disciplina que liga as ciências básicas à prática clínica, no qual se estuda as alterações estruturais e funcionais;

     Existem quatro aspectos analisados na patologia:

   Etiologia ou Causa;

   Patogenia;

   Alterações Morfológicas;

   Desordens funcionais e Manifestações Clínicas;

  Etiologia ou Causa


    Atualmente considera-se que existam duas classes principais de fatores etiológicos:

   Genéticos;

   Adquiridos (infecciosos, nutricional, químico, físico);

    O conhecimento da causa primária das doenças é fundamental para o diagnóstico e tratamento.

 Patogenia


    Sequência de eventos da resposta das células ou tecidos ao agente etiológico;

    Um dos principais ramos da patologia



Alterações Morfológicas

    Alterações estruturais celulares ou teciduais que são características das doenças;
    São utilizadas para diagnóstico;
    Com    o     avanço    da     biologia     molecular,     as características morfológicas são sempre confirmadas;
  Desordens Funcionais e Manifestações

    A natureza das alterações e a distribuição nos diversos tecidos caracteriza os sintomas;
    Inicialmente as lesões iniciam-se estruturalmente e molecularmente nas células, até se tornar macroscópico;


Adaptação ao crescimento  e diferenciação

     As respostas celulares ao aumento da demanda e ao estímulo externo são hiperplasia e hipertrofia;

 HIPERPLASIA
     É o aumento do número de células de um órgão ou tecido;
     Ocorre frequentemente associado ao processo de hipertrofia;

HIPERPLASIA FISIOLÓGICA
    Pode ser dividida em:
1.    Hiperplasia Hormonal: aumento da capacidade tecidual devido à necessidade;
  Ex:  proliferação do epitélio glandular  da mama  feminina e útero gravídico;

2. Hiperplasia Compensatória: aumento da massa tecidual após dano ou ressecção parcial;
Ex: regeneração do fígado após retirada de parte do órgão, hiperplasia renal após nefrectomia;



  HIPERPLASIA PATOLÓGICA

    A maioria das formas patológicas são causadas pela estimulação excessiva por hormônios ou fatores de crescimento;
Ex: hiperplasia endometrial, causa comum de sangramento anormal (devido ao aumento excessivo da progesterona);
    A hiperplasia regride se o estímulo for eliminado;
    Porém, a hiperplasia patológica traz um grande risco para o desenvolvimento do câncer;
    Também é um fator importante na cicatrização tecidual;


  HIPERTROFIA

    Aumento do tamanho celular, o que acarreta no aumento do órgão;
    Esse aumento é devido a aumento dos componentes estruturais da célula;
    Pode ser fisiológica ou patológica;
    As células musculares estriadas e esqueléticas conseguem desenvolver um grau acentuado de hipertrofia;
    No coração o estímulo é a sobrecarga hemodinâmica (aumento da pressão arterial ou valvas defeituosas);

MECANISMOS DA HIPERPLASIA

    Causada pelo aumento da produção de fatores de crescimento;
    Aumento dos receptores;
    Ativação de vias de sinalização intracelular;
    A produção de novas células devido ao dano, pode ser iniciada pelas células remanescentes e também por células tronco teciduais;

    MECANISMOS DA HIPERTROFIA

    O mecanismo de hipertrofia cardíaca envolve muitas vias de transdução de sinal, levando à expressão de vários genes ;
    Há possibilidade de mudança de tipo protéico adultofetal (miosina é substituída por  miosina) o que leva à economia de ATP;
    Alguns genes que só se expressavam durante a fase inicial do desenvolvimento, podem voltar a se expressar:
Ex: gene ANF (fator natriurético atrial-relacionado a diminuição da P.A);
    No coração existem pelo menos dois tipos de sinal que desencadeiam a hipertrofia:

1.    Desencadeadores mecânicos como o estiramento;
2.    Desencadeadores     tróficos    como     os    fatores     de crescimento polipeptídicos (IGF-1);
       A partir do ponto em que as células musculares não são capazes de suportar a carga, ocorre insuficiência cardíaca;
       Degeneração tecidual – Morte;

ATROFIA

    Redução do tamanho celular devido à perda de material;
    As células atróficas possuem funções reduzidas;
    Quando muitas células estão envolvidas, o órgão diminui de tamanho e se torna atrófico;
    Pode evoluir a um ponto que as células entram em apoptose

 ATROFIA FISIOLÓGICA

    Fases iniciais do desenvolvimento (notocorda);
    O útero diminui de tamanho logo após o parto;
ATROFIA PATOLÓGICA

    Diminuição da carga (atrofia por desuso): imobilização do membro – é reversível logo após o retorno das atividades;
    Perda da inervação: a lesão dos nervos causa rápida atrofia muscular;
    Diminuição de suprimento sanguíneo: causa isquemia e leva a uma perda progressiva das células;
    Nutrição inadequada: desnutrição acentuada (marasmo) leva ao uso dos músculos esqueléticos como fonte de nutriente (caqueixa);
     Perda da estimulação endócrina: alguns tecidos como mama, órgãos reprodutivos e glândulas endócrinas são dependentes de estimulação hormonal;
     Envelhecimento (atrofia senil): está associado com a perda celular, tipicamente observado em tecidos com células permanentes;
     Pressão: a compressão de um tecido por um período de tempo pode causar atrofia;
– Ex: um tumor benigno em crescimento pode causar atrofia no tecido circundante.
METAPLASIA

    Substituição de um tipo celular adulto por outro, sendo uma alteração reversível;
    Uma metaplasia comum é a substituição do epitélio colunar por epitélio escamoso, ocorre no trato respiratório;
   Na substituição do epitélio colunar por epitélio escamoso, há ganho da resistência ao


     A degradação dos componentes celulares pode ser via:
     Lisossomos: via endocitose e gerando autofagossomos. Parte dos resíduos podem permanecer nas células, formando os corpos residuais;
     Ubiquitina-Proteassoma: é a via responsável pela proteólise acelerada na caqueixa do câncer. As citocinas são capazes de ativar esta via (TNF);
estresse e  perda das funções especializadas;

  Pode ocorrer o inverso, no qual o escamoso é substituído pelo colunar;

     Não é a modificação fenotípica de uma célula diferenciada e sim a reprogramação das células tronco teciduais;
     Induzido por citocinas, fatores de crescimento e componentes da matriz extracelular;


fonte: Livro de patologia
aulas do prof Dr Helker albuquerque








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