quarta-feira, 25 de abril de 2018

Interação Fármaco- Nutriente


Interação Fármaco- Nutriente:

Introdução a Farmacologia processos de administração de fármacos e alimentos



Fármaco: é a substância química que é o princípio ativo do medicamento

Nutriente: São estruturas que constituem os alimentos e que são essenciais para o funcionamento do organismo, fornecendo energia, servindo como matéria prima, mantendo e reparando partes do corpo e sustentando o crescimento.

Interações Fármaco-nutriente incluem alterações específicas na farmacocinética de um fármaco, causadas por nutriente(s), ou alterações na cinética do(s) nutriente(s), ocasionadas pelo fármaco, assim como alteração no estado nutricional, do paciente causada pelo fármaco.

Os membros da equipe de saúde devem estar cientes de que as interações alimento-fármacos terapeuticamente importantes podem:

*      Alterar a resposta pretendida com a medicação

*      Causar toxicidade pelo fármaco

*      Alterar o estado nutricional normal

A administração de medicamentos comas refeições, pode ser útil:

*      Possibilidade de aumento da sua absorção;

*      Redução do efeito irritante de alguns fármacos sobre a mucosa gastrointestinal;

*      Uso como auxiliar no cumprimento da terapia, associando sua ingestão com uma atividade relativamente fixa, como as principais refeições



Administração de Fármacos

Propriedades do fármacos (lipossolubilidade, grau de ionização, hidrossolubilidade).

Objetivo terapêutico: Necessidade de início rápido de ação terapêutico , administração a longo prazo, acesso ao local específico.



Via enteral: oral e sublingual

Oral: Fácil administração, barata, segura

Metabolismo de primeira passagem

Passa pelo TGI



Sublingual: absorção rápida conveniente, evita o ambiente de primeira passagem

Parental: Introduz o fármaco na circulação sistêmica ou em outro tecido vascular através das barreiras orgânicas de defesa.

Medicamentos instáveis e evitar a passagem pelo TGI. Mas difícil de reverter, pode ser dolorosa, pessoal técnico



Alimentação

É o processo pelo qual os seres vivos adquirem do ambiente os alimentos que compõem a dieta. A via oral é o mecanismo fisiológico da alimentação



Administração de Alimentos

Via Enteral: A alimentação enteral contínua é um método eficaz de fornecer nutrientes a pacientes que não conseguem engolir ou comer de modo adequado



Interações entre Medicações e Nutrição Enteral

Porém, o uso de alimentação por sonda para administrar medicações pode causar problemas. Quando as medicações líquidas são misturadas com fórmulas de alimentação enteral, incompatibilidades podem ocorrer.

Os tipos de incompatibilidade física incluem granulação, formação de gel e separação do produto enteral, resultando, em muitos casos obstrução da sonda de alimentação e interrupção do fornecimento de nutrição ao paciente.

Os exemplos de fármacos que causam granulação e formação de gel são suspensão de ciprofloxacina (cipro), concentração de clorpromazina (Thorazina), elixir de sulfato ferroso, guaifenesina ( Robitussin expectorante) e xarope com metaclopramida ( Reglan)



Interações entre Medicações e Nutrição Enteral e Oral

*      Retardo na absorção do medicamento

*      Modificação da disponibilidade

*      Modificação da latência

Administração de Alimentos

Via Parental: Ocorre quando uma solução estéril de nutrientes é infundida por via intravenosa por meio de acesso venoso periférico ou central, de forma que o trato digestivo é completamente excluído no processo.

Via parental:

NPP

É administrado diretamente numa veia periférica e indicada por período curto ( 7 a 10 dias)

Via parental:

NPT

É administrado diretamente numa veia centra e indicada por período maiores que 7 a 10 dias



Interações entre Medicações e Nutrição Parental

*      Modificação da biodisponibilidade

*      Altera a ligação entre proteínas plasmáticas

*      Interação droga-receptor


terça-feira, 24 de abril de 2018

BIOQUIMICA DA NUTRIÇÃO-QUESTÕES COM RESPOSTAS METABOLISMO ENERGÉTICO


1-( Uerj) Em nosso organismo, parte da energia liberada pela oxidação completa da glicose é captada na reação ADP+Fosfato            ATP

Considere que:

Ø  Em pessoas sadias, parte da energia liberada pela oxidação completa de 1 mol de glicose acumula-se sob a forma de 38mols de ATP, sendo a energia restante dissipada sob a forma de calor;

Ø  Em um determinado paciente com hipertireoidismo, o rendimento de produção de ATP foi 15% abaixo do normal;

Ø  A reação da hidrólise ATP          ADP + Fosfato libera 7000cal/mol.

A quantidade de calor que o paciente com hipertireoidismo libera a mais que uma pessoa sadia, nas mesmas condições, quando oxida completamente 1,0 mol de glicose, é, em kcal, aproximadamente igual a:

a)    40

b)    61

c)    226

d)    266



2-(UFRGS-RS) As células animais para a produção de energia necessitam de oxigênio, enzimas e substrato. Em relação ao processo de produção de energia considere as afirmações abaixo.

I.A fosforilação oxidativa ocorre nas mitocôndrias

II. Na fase aeróbia alta produção de ATP

III.A glicólise possui uma fase aeróbica e outra anaeróbica

Quais estão corretas?

a)    Apenas I

b)    Apenas II

c)    Apenas I e II

d)    Apenas II e III

e)    I,II e III







RESPOSTAS DAS QUESTÕES

1-A

2-E

Principais características do Sistema Imune Natural


RECONHECIMENTO

Reconhecem estruturas comuns dos patógenos e que não são presentes em mamíferos;

As substâncias que estimulam o sistema imune natural são chamadas de padrões moleculares associados a patógenos (PAMPs);

Ácidos nucleicos (dsRNA; CpG não metilado),  açúcares (manose), proteínas (N-formilmetionina), etc.

Os receptores são os receptores de reconhecimento de padrões;

Receptores semelhantes a Toll (TLRs)
Família de 11 proteínas responsáveis pela resposta do sistema inato a uma ampla gama de estruturas bacterianas;
São encontradas na superfície celular e em membranas intracelulares como o RE e endossomos;

Lectinas tipo C
Moléculas ligadoras de carboidratos Ca dependentes;
Expressa na membrana de macrófagos, células dendríticas e outros leucócitos;
Reconhecem açúcares presentes nas paredes de bactérias;
A mais conhecida é a lectina ligadora de manose;
Receptores varredores (scavenger)

Medeiam a captação de lipoproteínas oxidadas para dentro das células;
São expressos nos fagócitos (CD36, CD68 e SRB1);
Têm importante papel na formação dos macrófagos espumosos e na formação da aterosclerose;

Receptores a N-formil Met-Leu-Phe
São expressos por neutrófilos (FPR) e macrófagos (FPRL1);
Reconhecem metionina formilada presente no começo das proteínas bacterianas;
Internamente se ligam a Proteína G que, após a sinalização externa, ativa liberação de cálcio -  com contração do citoesqueleto aumento de motilidade;

NLRs (NACHT-LRRs)
Moléculas intracelulares que servem de sensores para infecção bacteriana;
O subconjunto Nods (Domínio de oligomerização ligador de nucleotídeo) reconhecem derivados de peptidioglicanos;
Ativam a produção de nF-kb, AF-1 e citocinas inflamatórias;

Proteínas que contêm domínio de ativação e recrutamento de caspase (CARD)
Receptores citoplasmáticos de RNA viral;
Tem uma via de sinalização semelhante TLR3, ativando no final nF-kb e IFR-3;
Estes estimulam a produção de interferons tipo 1 antivirais;
Os interferons são produzidos e jogados na corrente sanguínea, impedindo a replicação dos vírus em células saudáveis;
BARREIRAS
Defensinas – Pequenos peptídeos produzidos por células epiteliais e leucócitos que possuem grânulos;
Podem ser a,b,F;
Toxicidade direta e ativação de células inflamatórias;
EX: Células de Paneth localizadas nas criptas intestinais, produzem defensinas a. Serve para controlar a quantidade de microrganismos.
Catelicidinas – produzida por vários epitélios de barreira (pele, mucosas gastrointestinais e respiratórias) e neutrófilos;
Um peptídio de 18kD que é clivado em duas partes, uma delas a LL-37;
LL-37 tem toxicidade direta aos patógenos, ativação de células efetoras e ligação e inativação de LP;S (lipopolissacarídeo bacteriano);
CÉLULAS
Linfócitos intraepiteliais
Linfócitos T intraepiteliais e Linfócitos B-1;
São pouco variados e são bem adaptados a reconhecerem estruturas microbianas;
Os T estão presentes na epiderme e nas mucosas;
Os linfócitos B-1 estão localizados na cavidade peritoneal e tem diversidade clonal limitada;
Produzem anticorpos contra antígenos lipídicos e polissacarídicos mesmo antes da infecção por bactérias que possuem estas estruturas (anticorpos naturais);

FAGÓCITOS
As células do sistema imune natural são derivadas da linhagem mielóide e algumas da linhagem linfoide;
Reconhecem, ingerem e destroem os microrganismos;
Produzem citocinas que atuam na resposta imune e na reparação tecidual;
Participam também na fase efetora do sistema adaptativo;

NEUTRÓFILOS
Leucócitos polimorfonucleares – mais abundantes células brancas circulantes;
Medeiam as fases iniciais da resposta inflamatória;
Núcleo com 3-5 lóbulos conectados, grânulos pouco corados e com prazo de vida de até 6h;
São produzidos mais de 1011 células por dia;
Se não forem recrutados a algum processo de infecção, sofrem apoptose e morrem, sendo fagocitados por macrófagos no fígado e baço;

Fagócitos Mononucleares
A fagocitose é sua principal função e são centrais nas respostas inatas e adaptativas;
Quando sai da medula e vai para a corrente sanguínea é chamado de monócito (indiferenciado);
Tem o núcleo com forma de feijão;
Quando entram no tecido, maturam e passam a ser chamados de macrófagos;
Podem ter morfologias diferentes após estímulos;
Podem ser multinucleados;
Recebem diferentes nomenclaturas em diferentes tecidos;

Células Dendríticas
Importante função de conectar a resposta natural e adquirida;
Amplamente distribuídas nos tecidos linfóides, epitélio mucoso e parênquima dos órgãos;
Possuem receptores de reconhecimento padrão e reagem produzindo citocinas;
As plasmocitóides (subpopulação) são especializadas em resposta a infecções virais;
Reconhecem vírus endocitados e produzem interferons tipo I