Estratégias Didáticas no Ensino de
Ciências Biológicas e os Espaços Educativos
Texto produzido por: Rosimeire Morais Cardeal Simão
Historicamente, a educação tem refletido
as características de seu tempo e da sociedade na qual as instituições
educacionais estão inseridas. Vivemos em uma sociedade cada vez mais
informatizada, que vem sofrendo transformações bastante profundas, em especial
nas formas de comunicação e de acesso ao conhecimento. Essas tendências têm
influenciado a uma nova gestão dos espaços educativos de forma a repensar a um
novo processo pedagógico. Temos convicção, que a escola sempre foi vista como
única responsável em ensinar, e formar cidadãos inventivos para atuarem com
competência na sociedade a qual faz parte.
Na verdade cada sociedade possui um
sistema de educação que se impõe aos indivíduos. Por exemplo, na sociedade
democrática encontra-se a formação de cidadãos ativos, críticos, preparados aos
avanços tecnológicos, conscientes de seus direitos e deveres (ROMANOWSKI, 2007)
Porém, reconhecemos que este é o grande desafio dessa nova gestão, que com esta
função primordial tem buscado transformar o processo de ensino de modo a
modificar algumas escolas, na tão esperada “Escola Eficaz”, aquela em que
realmente os alunos aprendem.
Nesta visão, percebemos como é possível
acredita no potencial dos educandos desde que a autonomia seja um desafio e um
fenômeno a ser concretizado por todas as lideranças envolvidas com as escolas,
como também da comunidade e principalmente da participação da família como
sendo essencial para a obtenção de resultados satisfatórios. Além disso, a
falta de material adequado e mais abrangente, no que se refere ao estudo dos
fungos, aliada às dificuldades dos professores em ministrar tal conteúdo são
algumas das justificativas para o complexo desenvolvimento deste tema, no
âmbito do ensino nas escolas.
Esta condição pode induzir menor empenho e atenção
ao teor desta temática, a qual detém importância para o entendimento de
processos vitais, como funcionamento e manutenção do equilíbrio de
ecossistemas, compreensão da ação de fármacos no organismo humano, bem como sua
relação com outras áreas da biologia (SANTOS, 2003)
Frente
a esta realidade, alguns pesquisadores da área do ensino de ciências têm
desenvolvido materiais didático-pedagógicos capazes de aumentar o interesse dos
estudantes pelo tema, a partir da sua utilização como ferramentas auxiliares
para a prática pedagógica. Tem sido demonstrado, por exemplo, que a partir da
utilização de materiais de baixo custo, encontrados no dia a dia, é possível
tornar as aulas mais encantadoras e motivadoras, incluindo os estudantes na
construção do conhecimento (SOUZA et al., 2008).
Além
disso, entre os grandes desafios do ensino está o emprego de metodologias que
estejam envolvidas com a aprendizagem capaz de proporcionar compreensão do
conteúdo de forma mais eficaz e significativa. Os fenômenos biológicos, assim
como qualquer evento relativo ao cotidiano, são explicados por significados
que, antes da coerência científica, devem ser úteis para quem os utiliza e
aprende (MOREIRA, 2006).
Portanto, nesta perspectiva de mudanças
em encarar esta nova Gestão dos Espaços Educativos como um desafio, é que
precisamos nos conscientizarmos que transformar nossas escolas em instituições eficazes é uma tarefa difícil, porém
cabível a todos nós, desde que encaremos a educação como um processo que não
pode viver isolado num mundo, e sim, como algo que precisa estar engajado com a
sociedade e com a família. É desejo que todos nós possamos estar englobados
nesta missão da escola em educar não apenas para ampliar conhecimentos, mas
também para transformar seus usuários em cidadãos críticos, preparados para
contribuir significativamente como sujeitos cooperativos para viverem em uma
sociedade, só assim, faremos a diferença e transformaremos esta nova etapa no
verdadeiro processo de ensino e aprendizagem
Diante
do pressupostos, somos convictos em admitir que a sociedade está mudando e com
ela muda a sociedade, mudam os valores e as expectativas das pessoas a respeito
das instituições, inclusive a escola. E por a família sofrer estas modificações
surge a necessidade em admitir que independente das mudanças, a presença destas
na escola é de grande importância para o desenvolvimento dos educandos.
Nesta visão, reconhecemos que a
escola de que necessitamos para potencializar cidadãos equilibrados,
responsáveis tolerantes deverá estar estruturado de modo que facilite uma
educação integral, que se dirija equilibradamente a toda e a cada um dos
indivíduos como um todo.
Sendo assim, na moderna concepção de
gestão escolar participativa, os pais têm poder e autoridade para influir nas
decisões importantes da escola, tendo livre-arbítrio para se envolver nas
elaborações e implantação de novos projetos pedagógicos, dessa forma, como mero
instrumento que assume sua responsabilidade, no intuito de ajudar a instituição
a ter sucesso, não só pelos seus filhos como também por todos os educandos.
Portanto, cabe aos docentes admitir
que as instituições escolares, só serão educativas na medida em que funcionar
como centros de formação coletiva. É nesta tarefa que elas adquirem sua
identidade plena, e é nesta formação conjunta que os professores e alunos se
afirmam como sujeitos participantes na sociedade. Assim quando aderirmos esta
consciência à nossa prática estaremos não só contribuindo para o processo
pedagógico como também estaremos de fato preparados para agir com cautela e
determinação no verdadeiro processo de ensino e aprendizagem.
Livro
ser protagonista/ Biologia ensino médio 2º coleção0072P18113/ 2016 organizações SM Editora responsável Lia
Monguilhott Bezerra
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