Patologia
•
Pathos (sofrimento) + Logos (estudo);
• Disciplina que liga as ciências básicas
à prática clínica, no
qual se estuda as alterações estruturais e funcionais;
•
Existem quatro aspectos analisados na patologia:
–
Etiologia ou Causa;
–
Patogenia;
–
Alterações Morfológicas;
–
Desordens funcionais e Manifestações Clínicas;
Etiologia ou Causa
•
Atualmente considera-se que existam
duas classes principais de fatores etiológicos:
–
Genéticos;
–
Adquiridos (infecciosos, nutricional, químico, físico);
•
O conhecimento
da causa primária das doenças é fundamental
para o diagnóstico e tratamento.
Patogenia
•
Sequência de eventos da resposta
das células ou tecidos ao agente etiológico;
•
Um dos principais ramos da patologia
Alterações Morfológicas
•
Alterações estruturais celulares ou teciduais que são
características das doenças;
•
São utilizadas para
diagnóstico;
•
Com o avanço da biologia molecular, as características morfológicas são
sempre confirmadas;
Desordens Funcionais e Manifestações
•
A natureza das alterações e a
distribuição nos diversos tecidos caracteriza os sintomas;
•
Inicialmente as
lesões iniciam-se estruturalmente e molecularmente nas células, até se tornar
macroscópico;
Adaptação ao crescimento e diferenciação
•
As respostas celulares ao aumento
da demanda e ao estímulo externo são hiperplasia e hipertrofia;
HIPERPLASIA
•
É o aumento do
número de células de um órgão ou tecido;
•
Ocorre
frequentemente associado ao processo de hipertrofia;
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HIPERPLASIA FISIOLÓGICA
•
Pode ser dividida em:
1.
Hiperplasia
Hormonal: aumento da capacidade tecidual devido à necessidade;
– Ex: proliferação do epitélio glandular da mama
feminina e útero gravídico;
2. Hiperplasia Compensatória: aumento da
massa tecidual após dano ou ressecção parcial;
– Ex: regeneração do fígado após retirada
de parte do órgão, hiperplasia renal após nefrectomia;
HIPERPLASIA PATOLÓGICA
•
A maioria das formas patológicas
são causadas pela estimulação excessiva por hormônios ou fatores de
crescimento;
– Ex: hiperplasia
endometrial, causa comum de sangramento anormal (devido ao aumento excessivo da
progesterona);
•
A hiperplasia regride
se o estímulo for eliminado;
•
Porém, a hiperplasia patológica
traz um grande risco para o desenvolvimento do
câncer;
•
Também é um fator importante na cicatrização tecidual;
HIPERTROFIA
•
Aumento do
tamanho celular, o que acarreta no
aumento do órgão;
•
Esse aumento
é devido a aumento dos componentes
estruturais da célula;
•
Pode ser fisiológica ou patológica;
•
As células
musculares estriadas e esqueléticas conseguem desenvolver um grau acentuado de
hipertrofia;
•
No coração o estímulo é a
sobrecarga hemodinâmica (aumento da pressão arterial ou valvas defeituosas);
MECANISMOS DA HIPERPLASIA
•
Causada pelo
aumento da produção de fatores de
crescimento;
•
Aumento dos receptores;
•
Ativação de vias de sinalização intracelular;
•
A produção de novas células devido
ao dano, pode ser iniciada pelas células remanescentes e também por células
tronco teciduais;
• MECANISMOS DA HIPERTROFIA
•
O mecanismo de hipertrofia cardíaca
envolve muitas vias de transdução de sinal, levando à expressão de vários genes ;
•
Há possibilidade de mudança de tipo
protéico adultofetal (miosina é substituída por miosina) o que leva à economia
de ATP;
•
Alguns genes que só se expressavam
durante a fase inicial do desenvolvimento, podem voltar a se expressar:
– Ex:
gene ANF (fator natriurético atrial-relacionado a diminuição da P.A);
No coração existem pelo menos dois tipos de sinal que
desencadeiam a hipertrofia:
1. Desencadeadores mecânicos como o estiramento;
2.
Desencadeadores tróficos como os fatores de crescimento polipeptídicos (IGF-1);
• A
partir do ponto em que as células musculares não são capazes de suportar a carga, ocorre insuficiência cardíaca;
•
Degeneração tecidual – Morte;
ATROFIA
•
Redução do
tamanho celular devido à perda de material;
•
As células atróficas possuem funções reduzidas;
•
Quando muitas células estão
envolvidas, o órgão diminui de
tamanho e se torna atrófico;
•
Pode evoluir a um ponto que as células
entram em apoptose
ATROFIA FISIOLÓGICA
•
Fases iniciais do desenvolvimento (notocorda);
•
O útero diminui de tamanho logo
após o parto;
ATROFIA
PATOLÓGICA
•
Diminuição da carga (atrofia por desuso): imobilização
do membro – é reversível logo após o retorno das atividades;
•
Perda da inervação: a lesão dos
nervos causa rápida atrofia muscular;
•
Diminuição de
suprimento sanguíneo: causa
isquemia e leva a uma perda progressiva das células;
•
Nutrição
inadequada: desnutrição acentuada (marasmo)
leva ao uso dos músculos esqueléticos como fonte
de nutriente (caqueixa);
•
Perda da estimulação endócrina: alguns tecidos como mama, órgãos reprodutivos e
glândulas endócrinas são dependentes de estimulação hormonal;
•
Envelhecimento (atrofia senil):
está associado com a perda celular, tipicamente
observado em tecidos com células permanentes;
•
Pressão: a compressão de um tecido
por um período de tempo pode causar atrofia;
– Ex: um tumor benigno em crescimento
pode causar atrofia no tecido circundante.
METAPLASIA
•
Substituição de um tipo celular
adulto por outro, sendo uma alteração reversível;
•
Uma metaplasia comum é a substituição do epitélio
colunar por epitélio escamoso, ocorre no trato
respiratório;
• Na substituição do epitélio colunar
por epitélio escamoso, há ganho da resistência ao
• A
degradação dos componentes celulares pode ser via:
• Lisossomos: via endocitose e gerando autofagossomos. Parte dos resíduos podem permanecer nas
células, formando os corpos residuais;
• Ubiquitina-Proteassoma:
é a via responsável pela proteólise acelerada na caqueixa do câncer. As citocinas são capazes de ativar esta via (TNF);
estresse e perda das funções especializadas;
Pode ocorrer o inverso, no qual o escamoso é substituído pelo colunar;
•
Não é a
modificação fenotípica de uma célula diferenciada e sim a reprogramação das
células tronco teciduais;
•
Induzido por citocinas, fatores de crescimento e componentes da
matriz extracelular;
fonte: Livro de patologia
aulas do prof Dr Helker albuquerque
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