A
guerra dos órgãos
Conta-se
por ai que certa vez os órgãos do corpo o humano entram em guerra. Era o fígado brigando com o
estomago, o coração brigando com o pulmão, o pâncreas querendo “ sai no tapa”
com os rins... tudo começou quando eles resolveram eleger que não era o mais
importante, o órgão rei, o comandante dos demais.
Os olhos não aceitavam
perder. Alegavam que eram não somente os mais lindos, mas também os mais úteis.
Afinal de contas, sem eles todo o corpo ficaria as escuras e em a menor
direção.
Eram
eles os guias, a porta para o mundo, para as luzes e cores; enfim, toda beleza
do mundo chegava ao corpo humano através deles. Assim do ponto de vista
definido por eles, nada mais certo do que lhes entregar o governo.
O cérebro
porém, indagava com veemência: “ Ora,
quem é, por acaso, que interpreta todas as imagens trazidas pelos olhos e cria
para o resto do corpo as emoções, os instintos e todos os sentimentos e reações
? Sou eu! Logo, sou também o órgão mais importante do corpo!, dizia com
empáfia.
A boca,
para variar, não aceitava ficar mais calada. Alegava que de nada valia a visão dos olhos e a coordenação
do cérebro se ela não realizasse a sua tarefa: provar, mastigar e ingerir os
alimentos. “ imagine que inutilidade”, dizia a boca. “ os olhos vêem o mais nutritivo e
saboroso dos alimentos ; o cérebro traz
ao corpo o desejo, mas de nada adianta tudo isso se eu não estiver lá para come
toda a comida, ora bolas!”, gritava a boca, já demonstrando um certo descontrole.
O ânus
pediu a palavra, mas os outros órgãos fizeram um coro unânime: “ Fica quieto
ai, ô malandro, que o papo aqui é beleza e inteligência! O teu negócio é mais
embaixo!”, gritou um dos órgãos, já começando a baixar o nível do debate. As
mãos aproveitaram que o assunto foi interrompido e iniciaram uma discussão
pessoal com os olhos e a boca: “ Quem é que segura e leva a comida até você, ô
boca ? Quem é que limpa vocês, ô olhos? Ora, francamente! Sem meu trabalho,
vocês estão perdidos!”, disseram as mãos em tom vitorioso.
A
confusão era total! As pernas pulavam: as mãos gesticulavam, já se preparando
para “ sair no tapa” com alguém: os olhos piscavam sem parar e a boca gritava.
Tudo ao mesmo tempo e cada um “ puxando
a brasa para sua sardinha. Vocês podem
imaginar o tumulto, não é? Foi então que
o ãnus, cansado daquela balbúrdia toda e vendo que não ia ter direito à menor
atenção, berrou lá debaixo:
“
Enquanto durar essa palhaçada, tô de greve! Vocês estão ouvindo bem? Estou de
greve! Não funciono mais !” , e deu sua participação como encerrada naquela
confusão toda. Na hora, ninguém “ deu a mínima” mas, com o passar do tempo, a
situação começou a ficar muito difícil para todo o corpo. A greve do ânus
provocou uma prisão de ventre infernal! Os olhos já não enxergavam direito;
estavam vesgos. As pernas perderam as forças para andar e as mãos estavam
trêmulas e suando frio. O cérebro já não conseguia pensar em outra coisa; a
boca urrava; o estômago doía e o nariz respirava devagarinho! “ funciona, ânus,
por favor! Quebra o nosso galho!”, imploravam todos. “ A galera não aguenta mais!”
gritou alguém. A humildade era total! Nem parecia mais aqueles órgãos nervosos
e briguentos, querendo se impor com sendo os maiores de todo o corpo. “Ah...
vocês agora lembraram que eu existo, né?”, disse o ânus, como se já esperasse
pelo acontecido.”
Vivi
sempre aqui embaixo; não tenho a beleza dos olhos nem a força das mãos, mas sou
igualmente parte do corpo e tão
importante quanto qualquer um de vocês! Vamos aprender de uma vez: Entre nós
não há nem nunca haverá rei. Precisamos todos uns dos outros e, se não nos
ajudarmos, todos morreremos!”, discursou ele, encerrando de uma vez por todas
aquela guerra tão sem sentido quanto qualquer outra guerra.
Fonte: internet
Fotos da apresentação do trabalho dos alunos na unidade escolar
Aluna: Madalena
Professora de ciências
Rosimeire Morais Cardeal Simão
Diretora da Unidade Escolar: Sávia Domingas
outra versão da peça encenada pelos alunos
Entram TODOS os órgãos juntos em cena, falando ao mesmo tempo, um pouco
agitados.
CÉREBRO, arrogante: Caros
colegas de trabalho, acalmem-seI Ao invés de ficarmos travando discussões sem
chegar lugar algum, tenho uma idéia brilhante aliás como sempre. Acho que TODOS estamos sentindo a necessidade de
um líder para melhor nosso funcionamento. TODOS
de acordo?
TODOS: Sim, é
claro..........
CÉREBRO: Pois bem. Acho
que o critério para escolha deste órgão rei, o comandante dos demais deve ser:
l-importância e utilidade e 2-certa beleza. O que vocês acham?
TODOS: Sim, é claro.
CÉREBRO: Pois bem, eu, o CÉREBRO, preencho TODOS os requisitos: utilidade e beleza. Acho que eu deveria, vocês
sabem, é.......
OUVIDO, com arrogância:
por acaso você está sugerindo ser o comandante dos órgão? Por acaso você está
considerando o mais útil e bonito órgão?
CÉREBRO: E por que não meus
caros?
OLHO: AAAAAAHHH, era só
que me faltava. Nós os OLHOs somos
os guias do corpo; a porta do mundo, para as luzes e para as cores...........
CÉREBRO: Ah, é? E quem é
que interpreta todas as imagens trazidas por vocês e cria para o resto do corpo
as emoções, sentimento e reações? Logo sou o mais importante!
BOCA: Isso é o que você
pensa! Poderíamos viver muito bem sem essas emoções e reações; não sentiríamos dor,
não sentiríamos raiva que faz mal a todo corpo, enfim....... CÉREBRO: Mas não sentiríamos também a
alegria e os momentos bons que fazem ao nosso corpo.
BOCA, com convicção:
Fique você sabendo que isso não me interessa, tá? Imaginem vocês que
inutilidade: os OLHOs vêem o mais
nutritivo e saboroso dos alimentos, o CÉREBRO
traz ao corpo o desejo, mas o que isso adiantaria se eu não estiver lá para
comer toda a comida, hein?
Penas: Pode parar por aí, o rei tem
que ser eu, pois sem mim, vocês não podem ir a parte alguma.
Começa a surgir um
burburinho No meio do burburinho, surge
o INTESTINO.
INTESTINO, baixo: ô minha
gente! (ninguém liga)- mais alto: ô minha gente! (ninguém liga)-berrando: ô
minha gente!
CORAÇÃO: Fica quieto aí, ô
malandro, que o papo aqui é beleza e utilidade. Quando fizermos a eleição para
o mais inútil e horrendo não precisa dizer é nada: você ganha! O teu negócio é
mais embaixo.
TODOS: É fica quieto aí
ô INTESTINO!
BRAÇOS: Fiquem quietos
que agora nos vamos falar! Continuando de onde estávamos- (altenadamente): 1- OLHOs 2- e BOCA, Vocês que dizem fazer tudo, mas não são nada sem nós, os BRAÇOS e as mãos! Quem é que segura e
leva a comida até você, ô BOCA? É, e
quem limpa você, oh OLHOs?
Começa a surgir tumulto: TODOS falam ao mesmo tempo e começa a
empurrar um ao outro. De repente,........
INTESTINO: Aí o gente, vou
falar uma coisa: Enquanto durar esta palhaçada, estou de greve. Ouviram? NÃO
FUN-CIO-NO MAIS!!!!
OUVIDO: Fica quieto. Quem é que vai sentir sua
falta? A discussão ainda nem chegou aí!
CÉREBRO: É, você não tem a
mínima condição de competir para a eleição do órgão rei! Afinal, que utilidade
você tem?
Continua o burburinho, cada um se considerando
o mais importante e tentando convencer o outro disso. De repente......
CÉREBRO: Nossa, de
repente, não consigo pensar. Não estou conseguindo desempenhar meu papel! Que
coisa estranha!
BRAÇOS: É mesmo. Não
estamos conseguindo segurar nada direito. Olhem (pegam objeto e deixam cair).
Estamos suando mo. Nunca sentimos isso! BOCA:
É vocês tem razão! De repente, Não consigo me mexer. Ah, e o estômago me disse
que estava com uma dor insuportável!
OLHOs: Será possível?
Tá tudo embaçado e torto para mim!
Pernas: Estamos fraquinhas e não
estamos conseguindo nos manter em pé e o nariz me contou que não está puxando o
ar direito. Gente, o que está acontecendo? CORAÇÃO:
Aí, que estranho! Estou fraquinho, me sinto cansado. O que está acontecendo?
CÉREBRO: Tenho um palpite:
é o INTESTINO! Depois que ele parou,
tudo parou e todo o corpo ficou debilitado!
OLHOs: E o que vamos
fazer para voltar ao normal?
BOCA: Vamos até falar
com ele......
TODOS juntos: Funciona, INTESTINO, funciona!Quebra o nosso
galho!
INTESTINO: Ah! Finalmente,
uma atitude sensata! E vocês vêm implorar justamente para quem que vocês
humilharam. Agora, vocês lembraram que eu existo, né?
BRAÇOS:
Sabe,
INTESTINO, o pessoal não agüenta
mais. Funciona, vá?
INTESTINO: Vivi sempre aqui
embaixo. Não tenho beleza dos OLHOs,
nem a flexibilidade da BOCA, mas sou
igualmente parte do corpo e tão importante quanto qualquer um de vocês. Vamos
aprender, minha gente: entre nós nunca houve e nunca haverá rei! Precisamos TODOS uns dos outros e se não nos
ajudarmos, TODOS morreremos!
TODOS: Tem razão
Terminar a cena dando as mãos e
pedindo desculpas um ao outro.
Fonte: Internet